
O homem de fé vive no mundo, como o peixe na areia, o prisioneiro no cárcere, o passáro na gaiola, o doente no leito. O que faz o peixe sofrer não é a areia, mas a proximidade da água; o que faz o prisioneiro sofrer não é a cela carcerária, mas a liberdade; o que faz o pássaro sofrer não é a gaiola, mas a proximidade do espaço; o que faz o doente sofrer não é o leito, mas a saúde. O que faz o homem de fé sofrer é a impossibilidade de transcender para a existência do Pai que cuida: O grito do homem de fé, sempre e por toda parte é este: "Meu Deus, meu Deus por que me abandonaste? (Mc 15.34). O grito reconhece a presença do Pai no abandono. Ao reconhecê-la, acolhe o abandono...
(Arcângelo R. Buzzi)
Existem situações na vida que nos fazem sentir desamparados , angustiados e longe do lugar onde realmente queremos estar. Muita das vezes nos sentimos como "peixes fora d´água", em um mundo que insiste em conspirar contra nós e fazer aqueles que buscam a justiça se sentirem cansados de fazer o bem.
Em momentos de conflitos, de perdas e de necessidades, a Fé é o que nos dá a certeza do que não vemos e nos firma no que esperamos.
"Pois, enquanto estamos nesta casa (nosso corpo físico), gememos e nos angustiamos, porque não queremos ser despidos, mas revestidos da nossa habitação celestial, para que aquilo que é mortal seja absorvido pela vida(...)Portanto temos sempre confiança e sabemos que, enquanto estamos no corpo, estamos longe do Senhor (Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos). Temos pois confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com Senhor".
(Apóstolo Paulo na segunda carta aos Coríntios 5:4,6-8)
Nossa esperança não está no que se vê, pois o que se vê é transitório e passa.
Temos Esperança e confiamos no que não vemos, pois no invisível habita o Eterno.
Paz
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