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28.1.07

Escrevendo a história do lado certo

A igreja evangélica vive hoje no Brasil um dos momentos mais delicados da sua história. Devido a diversos escândalos e abusos religiosos cometidos por algumas instituições, a igreja perdeu o crédito diante da sociedade como órgão mantenedor da moral e da ética. Falsos mestres e charlatães posam como líderes religiosos em diversas camadas da “cristandade” e tudo isso me faz lembrar um pouco a igreja católica na época de Lutero onde se usava a autoridade da igreja e o nome de Cristo para manipular as massas ao bel prazer. Não estou generalizando, ainda existem instituições sérias que se mantém na Sã Doutrina. Mas está claro e nítido que a grande maioria se desviou dos propósitos pelo quais os Apóstolos na igreja primitiva lutaram e morreram. Muitas instituições tornaram-se um fim em si mesmas e "engessaram". Já outras buscarm métodos para tirar dinheiro dos fiéis, pervertendo o ensinamentos bíblicos sobre os dízimos e ofertas. Já outras etc e etc...e aí vai.
Mas o motivo pelo qual estou postando aqui não é para falar dessas coisas que já foram trazidas a luz e estão expostas pra quem quiser ver. Quero falar do verdadeiro propósito de Cristo ao pedir que os discípulos dessem continuidade a obra após sua ressurreição e ascensão aos céus.
Lendo a história dos apóstolos no livro de Atos, percebemos que eles viviam em comunhão compartilhando coisas boas e vivendo a espiritualidade de uma maneira sadia e harmoniosa. Eram amigos, viviam como família e a sua Fé não se restringia a “locais sagrados”. Era uma época onde não existiam “templos evangélicos” . Reuniam-se nas casas uns dos outros para compartilhar os ensinos de Cristo, para ter momentos de alegria e encorajamento. Isso não quer dizer que eles não tinham problemas. Eles eram homens como nós e tinham seus momentos de altos e baixos. Pergunto: o que fez a Igreja primitiva ser tão especial, tão marcante e tão diferente do que vemos hoje e onde está a Igreja verdadeira nos nossos dias?

-Em primeiro lugar, a igreja primitiva realmente era guiada pelo Espírito de Deus (isso dispensa comentários e não era privilegio só deles, todos podem contar com esse Poder). Preocupavam-se em seguir o único dogma deixado por Cristo, o Amor.
-Em segundo e último lugar, diferente dos religiosos da época (e dos de hoje também) ela escreveu sua história do lado certo: do lado de fora das sinagogas e dos templos.

Se nós pudéssemos voltar no tempo encontraríamos os discípulos de Cristo e os apóstolos nas esquinas e nas praças pregando o Evangelho. Veríamos discípulos indo até os becos e vielas, curando cegos, mancos e leprosos. Lutando diante dos imperadores pela Fé verdadeira e suportando a oposição dos líderes religiosos da época. Expandindo o reino de Deus aos excluídos. Ajudavam os necessitados não preocupados em se autopromover ou em ser vistos pelos homens como caridosos , mas por amor. Eles não esperavam as pessoas irem até eles “na igreja mais próxima”(rsrs), mas se movimentavam na direção dos errantes e lhes pregavam as Boas Novas: a chegada do reino de Deus para todos!
Os discípulos de Cristo fazem a história do lado de fora dos portões da religiosidade:

- Como o próprio Mestre que viveu entre pecadores, comia e bebia com eles, mostrou-lhes o caminho verdadeiro para a vida , curou doentes e foi crucificado entre dois malfeitores diante de todos. Ele é o bom pastor que dá a vida pelas suas ovelhas a as chama para fora do "curral da religiosidade" (Leia João cap. 10).

- Como o apóstolo Paulo, que em suas viagens levou a mensagem de libertação da alma a Judeus, gregos, e bárbaros. Que “se fazia de tolo para ganhar os tolos e de sábio para ganhar os sábios”. Ele quebrou as barreiras religiosas da época abrindo a porta do Reino de Deus para os gentios (todos os povos não judeus) que estavam do lado de fora.

A Igreja verdadeira está viva e espalhada por todo o mundo.
Ela escreve sua história no dia a dia intercedendo pelos homens e pregando o Evangelho nas esquinas, nas filas dos bancos, nas barraquinhas de pastel com caldo de cana, nos esbarrões sem querer, nas ruas, no trabalho, na vizinhança, nas creches, nos hospitais, nos guetos e etc. O Espírito de Deus age em todos os momentos e lugares.

O cenário já está pronto para fazermos a história!

Não se contente em fechar os olhos e levantar as mãos aos céus nos cultos de domingo e nas missas.
Abra os olhos e estenda as mãos a quem precisa.
Use seu talento para servir a Deus e para o bem da humanidade.



Isso é Evangelho!




Viva um dia de cada vez...
Paz

7 comentários:

Anônimo disse...

Não devemos chamar as pessoas para ir na igreja. O convite deve ser este:
"Venha ser igreja! Seja o teu coração um templo para o Deus vivo"

Evolution Creatif Publicidade disse...

Associo-me com esse modo de agir com os descrentes.

Anônimo disse...

O Lugar do sal não é no saleiro e a luz foi feita pra brilhar nas
trevas.

Anônimo disse...

"Enquanto o domingo ainda for nosso dia sagrado
E em nome de Deus se deixar os feridos de lado...
Enquanto se canta e se dança de olhos fechados,
Tem gente morrendo de fome por todos os lados..."


(Trechos da música "Em nome da Justiça" de João Alexandre)

Felipe Fanuel disse...

Valmir,

Passei aqui para agradecer pelo link e pela visita no meu blog.

Achei relevante esse post. Estamos num tempo em que aquela famosa frase é quase um axioma: "pregue o evangelho; se necessário, use palavras". Afinal, nosso verdadeiro discurso é a nossa própria vida, que fala por si só, muito mais do que mil palavras.

Um forte abraço.

Anônimo disse...

Valeu Felipe, sempre uma honra.

Não dá mais pra "brincar de casinha" né mano.
Infelismente "vida cristã" se resumiu a se envolver com a igreja local e ter tarefas nela.

Se Vida Cristã é ser como Cristo era-é, então tem alguma coisa errada acontecendo hj.
Peço a Deus que me ajude a ir sempre além.



Um abraço mano,
volte sempre.

Anônimo disse...

O sábado virou domingo então. Trocamos o que "Deus-não-aprovava" pelo que "Deus-não-aprova-ainda".

Abramos nós os olhos da alma e não sejamos os cegos a serem conduzidos pra onde querem, seja lá quem for, não sendo o vento.

Rogerfarias

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